Magia do Caos

Os princípios do Caoísmo se assemelham muito aos do Platonismo, do Gnosticismo, da psicanálise Junguiana, entre outras filosofias. O Caoísmo considera que existe — e sempre existiu — um plano disforme e que contém tudo em sua forma latente, chamado Caos. Este seria o universo “real”, a partir do qual são formados um ou mais universos físicos, estes feitos de matéria e energia comuns. Porém, no Caos, as informações são armazenadas de uma forma extremamente complexa, e as ideias possuem conexões entre si, compartilhando aspectos e se opondo em outros. Quando estas ideias são manifestadas no mundo, ou precisam ser explicadas por alguém que teve acesso a elas, decaem para apenas uma das formas possíveis.

Desta forma, o Caoísmo tem como foco as funções, os objetivos, e as ideias primordiais por trás de cada elemento, não se prendendo na forma de apresentação dos conceitos, ou nos nomes e mecanismos formais estabelecidos. Qualquer linguagem seria válida para explicar o que está por trás dos panos, sendo esta linguagem milenar e já criada por alguma cultura, ou uma linguagem totalmente nova criada por uma pessoa. O que importa é que esta linguagem atenda aos objetivos desejados.

Metassistema

A Magia do Caos descende diretamente do Caoísmo enquanto filosofia e cosmologia, e é sua aplicação no campo mágico. Nesta vertente mágica, estudam-se as estruturas gerais e as classificações globais dos elementos de magia, para isto muitas vezes utilizando termos de sistemas mágicos já existentes, ou criando-se novos termos para evitar a confusão com elementos já consagrados. O foco é o objetivo, e não importa qual a metodologia utilizada na prática mágica, qual o conjunto de símbolos utilizado, ou qual mecanismo explica o funcionamento do método.

Tecnicamente, a Magia do Caos não se trata apenas de um sistema mágico, e sim de um meta-sistema. Assim como o Caoísmo permite conciliar sistemas de funcionamento do universo, considerando que todos tratam-se de diferentes formas de se explicar a mesma coisa, a Magia do Caos concilia Sistemas Mágicos, considerando que todos são válidos a partir do momento que apresentam resultados.

Gnose

A Gnose é a prática de se alcançar o estágio de libertação temporária em relação ao corpo físico, e que permite vislumbrar o âmago das energias, o que há por trás dos panos. É similar à projeção astral, ou ao desdobramento do plano etérico, e pode ser alcançado de diferentes formas, como por inibição ou hiper-excitação dos sentidos.

Sigilo e Servidor

Um sigilo (selo, do latim sigilum) consiste na codificação de uma intenção na forma de um desenho, símbolo ou figura. Pode ainda ser uma frase, porém geralmente se aplica a elementos pictóricos. No caso dos hiper-sigilos, pode ainda ser algo mais complexo, construído e alimentado por maior tempo em relação aos sigilos simples, como uma música, um livro, uma obra civil ou um pseudônimo.

Servidores são, de forma geral, entidades animadas que adquirem existência com base em um sigilo, uma intenção, uma ideia ou um elemento. Podem ter forma humanoide ou não, e podem ser criados pelo magista para realizar suas intenções.