Pop Magick

A Pop Magick consiste na aplicação de elementos da cultura popular, como desenhos animados, animes, histórias em quadrinhos, mangás, filmes e jogos, em práticas mágicas, de meditação ou de paradigma filosófico. Por meio desta vertente, é possível utilizar panteões de deuses fictícios em rituais, de forma separada ou associada a deuses milenares, assim como lugares e personagens que são descritos em obras de ficção.

Alfabetos e Símbolos

Além dos lugares e dos personagens, muitas obras fictícias possuem línguas, alfabetos e símbolos próprios, que também podem ter sido baseados em sistemas de crença do mundo real. Neste sentido, temos como exemplo a obra de Tolkien, que segue uma estrutura Cosmogônica bem próxima da Cristã e mesmo da Egípcia, e que apresenta línguas e alfabetos dos elfos, dos anões e dos orcs. Além disso, o anime Full Metal Alchemist tem base na Alquimia Medieval, e o anime Avatar possui suas bases em diversos sistemas Orientais. A obra de Lovecraft, por sua vez, tem como foco a vida fora do planeta Terra, e poderosos alienígenas que buscam influenciar os humanos em busca de poder.

Manifestações Contemporâneas

Ao longo do tempo, os deuses se reinventam, não só em obras fictícias mas também nas próprias religiões, adaptando-se à evolução das crenças humanas. De divindades ancestrais a entidades simbólicas, eles moldam-se às necessidades e perspectivas de cada era. Suas características são reinterpretadas, ganhando novos significados e funções, acompanhando as transformações da sociedade. Assim, os deuses permanecem vivos e relevantes, refletindo a natureza mutável da fé e a constante busca do ser humano por significado transcendental.

Ficção e Magia

A ficção e a magia se entrelaçam em um ciclo de retroalimentação, onde cada uma influencia a outra. Na ficção, aspectos da magia e do ocultismo são utilizados como base para criar histórias e descrever mundos imaginários. Por sua vez, a magia, com suas tradições e simbolismos, absorve elementos de obras ficcionais (principalmente as mais antigas), onde elementos mágicos são incorporados e reinventados. Essa troca constante enriquece tanto a ficção quanto a magia, alimentando a imaginação e a fascinação humana por ambas.