Eras Astrológicas
“A Terra não gira verdadeiramente sobre seu eixo: podemos considerá-la como um pião rodopiante ligeiramente descentrado. Se o céu é olhado como um pano de fundo cheio de estrelas, então devido ao “bamboleio” da Terra sobre seu eixo, o equinócio vernal surge cada ano contra um fundo gradualmente cambiante de constelações. Os astrônomos chamam isso de ‘precessão dos equinócios’ “. WEST, 1993.
Devido à precessão dos equinócios, em cada equinócio vernal (20–23 de março) o sol nasce à frente de uma constelação, e esta constelação muda a cada ~ 2.160 anos. A cada ~ 25.920 anos, os equinócios percorrem todos os signos, e isso era chamado de “Grande Ano” pelos Egípcios. Estas constelações definem as ERAS ASTROLÓGICAS, que influenciam o modo de pensamento e as tendências mentais da humanidade. A transição entre as eras é marcada por uma região sob dois orbes de influência, com convivência entre modos de pensar diferentes, o que incita conflitos, debates e discordâncias.
Atualmente, estamos na transição entre a era de Peixes e a de Aquário (os cálculos são aproximados, e apontam de 1970 até 2700 para a transição definitiva).
Era de Câncer
Os homens neolíticos viveram a era de Câncer, com fertilidade e crescimento da população, vivendo em cavernas (análogo à casca dos crustáceos) e aprendendo a enfrentar o mundo. Evoluíram até se tornarem os Atlantes mas perderam grande parte da tecnologia em enchentes de proporções catastróficas e invasões.
Eras de Gêmeos, Touro e Áries
Os egípcios viveram a era de Gêmeos (equilíbrio entre corpo e espírito, construções simétricas, alto e baixo Egito), a de Touro (adoração ao feminino, à lua minguante como os chifres do Touro, construções fortes, monolíticas, fortalecimento da sociedade), e a de Áries (adoração ao masculino, aos raios de sol como os chifres do carneiro, avanços bélicos), até serem invadidos e dizimados.
Era de Peixes
A era de Peixes foi marcada por “comportamento de cardume”, crenças cegas, mas também evolução do conhecimento. Foi uma época de grande avanço tecnológico, porém grande conservadorismo, e a ciência foi marcada pelo estudo do mundo como matéria, átomos.
Sua arquitetura seguiu o formato da Vesica Pisces, interseção entre dois círculos em formato de peixe (e/ou vagina), que na geometria permite formar todas as formas regulares, ou seja, “parir” as mais variadas formas no mundo material. Isto se apresentou muito fortemente nas abóbadas de construções góticas. Além disso, também devido à Vesica Pisces, as técnicas de manufatura de produtos e as engenharias em geral foram muito presentes.
Era de Aquário
A era de Aquário, cujo orbe de influência já estamos sentindo, é uma época de libertação, compreensão, aceitação, espiritualidade (signo de ar) porém marcada, por outro lado, por muito status e pouco conteúdo (Aquário é um grande espaço vazio!) — exposição, vitrine, muito “mostrar” e pouco “ser”. O Aquário também se torna um caldeirão, onde as crenças são misturadas, compreendidas em conjunto, e consideradas como formas diferentes de explicar o mundo, todas elas sendo válidas. O intercâmbio de conhecimento é patente.
A arquitetura será marcada por formas ovais, arquitetura paramétrica, seno e cosseno, e a ciência pelo estudo das frequências e do mundo como combinações de ondas.
Era de Capricórnio
Na Era de Capricórnio, que seguirá a de Aquário, haverá um forte aspecto de união entre a terra e o céu. Os aspectos mentais e os aspectos materiais serão considerados correlatos, e será entendido de forma ampla que o que está acima é como o que está embaixo. As linguagens irão retomar o caráter, já presente no Egito Antigo, de utilizarem os mesmos símbolos para se referir ao mesmo tempo a aspectos espirituais e físicos. Haverá também uma tendência à não dualidade, e a interpretação será mais importante do que as análises literais das palavras. Qualquer verdade é uma meia-verdade, e o fundamento de Aquário, de que cada opinião é apenas uma forma diferente de ver o mundo, será mantido.
Na arquitetura, irão prevalecer construções monolíticas, resistentes, e com linhas contínuas verticais, principalmente nas proximidades da água (o Capricórnio tem a parte inferior de um peixe e a superior de um bode).
Referências: Cosmologia Egípcia — Moustafa Gadalla, 2001; A Serpente Cósmica — John West, 1993; O Renascer da Magia — Kenneth Grant, 2015; Geometria Sagrada — Robert Llawlor, 1982.